Assim como o indizível só pode ser alcançado através das palavras
Elas usadas de um modo especial inauguram algo
Inaugura eu e você
A unificação da pluralidade, a união.
Usando eu palavras insubstituíveis falo o que é indizível. Inalcançável!
Na cumplicidade de um olhar
E, cada gesto testifico, vejo.
Consciente e inconsciente, os contrários, o vário e o mesmo.
Captura e inaugura. O primeiro e o eterno.
O que ainda não houve, não por vontade de não ter havido
Mas por falta de um instante nosso.
E o que não sai do pensamento o não ocorrido
E que não sai da lembrança o arrependimento de algo de relance.
De tão perto podíamos sentir a respiração...a nossa...
E de tão longe ...a vontade que passou mas continuou depois...nos pensamentos...
O ato não acontecido, na plasmação dos sentidos, na fusão dos desejos, na vontade d’um beijo... inaugural, total, o primeiro...nunca igual aos outros que se seguiriam incansáveis da busca.
Mas aquele de principio ...o não ocorrido...
Aquele que sem acontecer anula os outros.
O instante, os segundos que passariam lentos no relógio do pensamento.
O conhecedor do contato. Aquele que seria o descobridor do ser no outro...
Assim é o primeiro...
O fruto da vontade de dois...
Vontade de um..
De outro
Um e dois
Um
Nós...
Elaine Maia
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