sábado, 12 de dezembro de 2009


Assim como o indizível só pode ser alcançado através das palavras

Elas usadas de um modo especial inauguram algo

Inaugura eu e você

A unificação da pluralidade, a união.

Usando eu palavras insubstituíveis falo o que é indizível. Inalcançável!

Na cumplicidade de um olhar

E, cada gesto testifico, vejo.

Consciente e inconsciente, os contrários, o vário e o mesmo.

Captura e inaugura. O primeiro e o eterno.

O que ainda não houve, não por vontade de não ter havido

Mas por falta de um instante nosso.

E o que não sai do pensamento o não ocorrido

E que não sai da lembrança o arrependimento de algo de relance.

De tão perto podíamos sentir a respiração...a nossa...

E de tão longe ...a vontade que passou mas continuou depois...nos pensamentos...

O ato não acontecido, na plasmação dos sentidos, na fusão dos desejos, na vontade d’um beijo... inaugural, total, o primeiro...nunca igual aos outros que se seguiriam incansáveis da busca.

Mas aquele de principio ...o não ocorrido...

Aquele que sem acontecer anula os outros.

O instante, os segundos que passariam lentos no relógio do pensamento.

O conhecedor do contato. Aquele que seria o descobridor do ser no outro...

Assim é o primeiro...

O fruto da vontade de dois...

Vontade de um..

De outro

Um e dois

Um

Nós...

Elaine Maia

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